Pesquisa da CNM mostra que manifestações ocorreram em mais de 430 Municípios
A Confederação Nacional de Municípios (CNM) acaba de concluir levantamento em todas as regiões do País com o objetivo de apurar o número de Municípios onde foi promovida a manifestação que faz uma série de reivindicações, a partir da tarifa do transporte coletivo. De acordo com o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, a pesquisa mostra que o povo foi ás ruas em pelo menos 438 cidades e a mobilização contou com a participação mais de 2 milhões de cidadãos brasileiros. “As manifestações, porém, não foram encerradas e, nesta sexta-feira, outras mobilizações serão registradas em diversos pontos do país”, adianta.
O movimento que tomou conta das ruas de centenas de municípios brasileiros, com a participação de quase 2 milhões de cidadãos de todas as idades, sem lideranças visíveis e à margem dos partidos, “repete lutas e desafios que a Confederação Nacional de Municípios tem manifestado ao longo dos últimos anos”, afirma Ziulkoski. Principalmente, nas Marchas a Brasília em Defesa dos Municípios que, em 2013 está programada para o período de 8 a 11 de julho.
A CNM tem publicado uma série de estudos onde é revelada a necessidade de mudanças, principalmente no Pacto Federativo, como forma de mudar o atual modelo de gestão do país que sacrifica e contribuinte e o menor dos entes, o Município, sem oferecer a população o retorno em áreas prioritárias como saúde, educação e segurança, além de um transporte público decente. Nos últimos anos, são os Municípios que tem financiado programas essenciais para a população, como Saúde e Educação, por não receberem os repasses necessários para cobrir todas as despesas.
Movimento municipalista
O presidente da CNM lembra que o movimento municipalista tem defendido uma melhor divisão do bolo da receita tributária “que concentra, nas mãos da União, mais de 60% de tudo o que é arrecadado no país”. A XVI Marcha a Brasília em Defesa dos Municípiostem como tema central O Desequilíbrio Federativo e a Crise nos Municípios.
Conforme a pesquisa da CNM o próprio movimento que ainda esta nas ruas defende o fim da impunidade e da corrupção e, através de cartazes, faz uma verdadeira enxurrada de reivindicações em busca de mudanças no padrão ético no exercício da política, nos quadros políticos e de administração pública.