Municípios, estado e União discutiram implementação de políticas educacionais
A utilização das novas tecnologias de informação e comunicação, como ferramenta, traz uma enorme contribuição para a prática escolar em qualquer nível de ensino. Informática na educação é hoje uma das áreas mais fortes da tecnologia educacional. O uso da informática pelas escolas cresce a cada dia, tanto na área administrativa quanto na área pedagógica.
Seu uso adequado oportuniza o desenvolvimento e a organização na construção do pensamento, bem como, desperta o interesse e a curiosidade dos alunos, elementos fundamentais para a construção do conhecimento. Para que a educação utilize a informática de maneira qualitativa, é imprescindível que se articule quatro aspectos: o computador, o software educativo, o professor e o aluno.
Implementação de Políticas Educacionais. Soluções para o aprimoramento da gestão municipal de educação foi o tema do debate do 2º Encontro de Prefeitos – Educação e Tecnologia que está sendo realizado no Vila Galé Marés, em Guarajuba. O debate contou com as presenças da presidente da UPB, prefeita de Cardeal da Silva representando os municípios, do secretário de Educação do Estado da Bahia, Osvaldo Barreto, representando o estado, da representante do secretário executivo do MEC, Monica Gardelli (União), do professor Jorge Portugal e tendo como mediador o diretor da Faculdade de Educação da UFBA, Cleverson Suzart.
Quitéria propôs uma unificação de plano de cargos e salários do professor. Isso pode ser construído territorialmente, pois não vai haver desequilíbrio de salário. E pede apoio do MEC e da Secretaria da Educação do Estado e do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB). Para Quitéria, o uso efetivo da tecnologia nas escolas, nomeadamente nas salas de aula e no desenvolvimento de ambientes virtuais de aprendizagem, é ainda um privilégio de alguns docentes e alunos. As variáveis que parecem ter mais influência neste processo são múltiplas, mas penso que umas sólidas formações técnicas e pedagógicas dos professores bem como o seu empenho pessoal são determinantes.
“Se não houver investimento aos nossos jovens não há outro jeito de melhorar. Falta diretrizes e temos que ter coragem de definir um projeto de país conjuntamente. Se desejamos um país de cientistas, temos que começar hoje no ensino infantil”, disse Monica Gardelli e apresentou as ações do MEC nos municípios.
O professor Jorge Portugal informou que um dos dilemas da educação é que a escola está no século 19, o professor no século 20 e o aluno no século 21. Falou de sua trajetória em programas de educação na TV. Desde o Aprovado (TV Bahia), Tô Sabendo (TV Brasil), portal Tô Sabendo Mais e É Bom Saber (TV Educativa). E apresentou para os prefeitos o projeto Professor na Estrada onde um caminhão aparelhado para servir de sala de aula ao ar livre com aula interdisciplinar e exibição de filmes. O piloto do programa foi apresentado em 10 municípios.
O secretário de Educação do Estado da Bahia, Osvaldo Barreto fez uma reflexão sobre a gestão educacional. “Se a gente gasta 25% do seu orçamento em determinado serviço, vai procurar tirar o máximo do resultado. Tivemos uma escola pública de ótima qualidade e hoje temos de péssima qualidade. A grande luta de Anísio Teixeira foi universalizar a educação fundamental do Brasil. Hoje temos uma situação em que conseguimos universalizar a oferta de ensino fundamental (97%), mas a medida que avança vai caindo a presença de alunos. Não se faz uma boa educação sem ter uma boa escola. Há necessidade de utilizar o resultado de processo de avaliação. Não há educação sem planejamento”, disse. Em seguida houve debate entre os presentes.
O evento conta com o apoio do Governo Federal, Governo do Estado da Bahia, Banco do Brasil, Caixa, Desenbahia, Bradesco, Sebrae, Brasil Kirin, Coelba, Embasa, Educar Brasil, Grupo Positivo, Associação Brasileira de Municípios, Confederação Nacional de Municípios, Grupo Boticário, Conishi,E&L e Uno Público.